Bitcoin e Ethereum são duas criptomoedas existentes no meio digital, protegidas por complexos processos de criptografia. E são também descentralizadas, o que significa que nenhum governo ou empresa controla Bitcoin ou Ethereum.
Isso você já sabia, certo? Afinal, a gente fala há muito tempo sobre a liberdade proporcionada pela criptomoeda. Veja aqui!
Bitcoin e Ethereum são diferentes criptoativos. Seus conceitos divergem desde suas propostas, sendo o único ponto em comum a descentralização. Desta forma, a questão sobre uma criptomoeda ser melhor que outra é relativa.
É importante avaliar pontos sobre cada um dos projetos, desde a forma de mineração até seus objetivos. Somente assim será possível avaliar os pontos e julga-los corretamente.
O BTC absorve as características da tecnologia na qual ele se baseia. Desta forma, o criptoativo é um meio de pagamento descentralizado, à prova de censura, anônimo, seguro e confiável. Um desdobramento da descentralização é que nenhum usuário tem o poder de subjugar o outro, todos são iguais.
Consequentemente, não há uma instituição, como um banco, dizendo que remessas não podem ser feitas aos finais de semana.
Essa é a proposta do Bitcoin, a liberdade financeira. Valores são transferidos a qualquer hora, em qualquer dia, sem necessidade de permissão de uma entidade centralizada – nem sequer do governo.
Este é seu objetivo, ser uma moeda e um meio de pagamento que se basta.
Diferente do BTC, o Ethereum foi criado por oito pessoas. Seu desenvolvimento foi iniciado ao fim de 2013, pelo russo Vitalik Buterin, que escreveu seu white paper.
Apesar de ter unido o conceito de blockchain e criptomoedas, o Bitcoin não abria possibilidades de usos de outras formas. Ou seja, a tecnologia blockchain que sustentava a criptomoeda servia apenas para tal propósito. Os criadores do Ethereum viram no protocolo uma forma de tornar a tecnologia blockchainutilizável em outras esferas da sociedade. Estes usos foram viabilizados pelos contratos inteligentes.
Contratos inteligentes são uma das obras do Ethereum, e um dos desdobramentos da tecnologia blockchain. Aproveitando-se da segurança, imutabilidade e transparência da blockchain, os contratos inteligentes foram criados. Resumidamente, contratos inteligentes são responsáveis por facilitar, verificar e colocar em prática de forma digital e autônoma os termos pré-definidos de um contrato.
Isto posto, contratos inteligentes possuem as seguintes características:
Essa automatização causada por contratos inteligentes abriu as portas para novos mundos. Empréstimos podem ser feitos sem necessidade de intermediários, criando o ramo de finanças descentralizadas. Programas podem coletar informações automaticamente e direcionar de forma segura para pessoas, por meio dos aplicativos descentralizados (dApps).
Trata-se de um protocolo com um objetivo diverso do Bitcoin. A criptomoeda nativa da rede, conhecida como Ether, tem o objetivo de ser a moeda que impulsionará um ecossistema muito maior.
É como uma ficha colocada em um fliperama para que o jogo tenha início. Em um meio descentralizado criado por contratos inteligentes, a moeda que fará com que eles sejam validados será a Ether.
O Ethereum tem como objetivo descentralizar relações, ou seja, remover intermediários, seus custos e tempo tomado. Como segunda criptomoeda do mundo em valor de mercado, não é errado falar que o Ethereum tem sido bem sucedido em convencer as pessoas de sua visão sobre um ecossistema descentralizado.
Mineração de criptomoedas é outro processo que distingue Bitcoin e Ethereum. Ao falar sobre blockchain, foi dito que as informações são incluídas por diversas pessoas da rede, e essas mesmas pessoas possuem registros e ajudam a verificar a veracidade das informações. Essa verificação de veracidade, juntamente com o “selo” criptográfico aplicado é um processo chamado mineração.
Em outras palavras, mineração de criptomoedas é um processo por meio do qual informações são verificadas e incluídas em uma blockchain.
Como é possível imaginar, tal processo não é feito com picaretas. Ele é executado por meio de dispositivos que executam diversos cálculos por segundo, a fim de resolver os complexos cálculos criptográficos. Por meio deste processo, novas criptomoedas são geradas.
A mineração de Ethereum, assim como a do Bitcoin, tem os mesmos objetivos. Incluir informações, garantir a segurança da rede e gerar novos tokens Ether é o objetivo do processo. Assim como a mineração de BTC, o Ethereum também consome muita energia elétrica, por se basear no modelo de prova de trabalho.
Podemos enfim, concluir que ambas as criptomoedas possuem objetivos diferentes, enfatizando suas principais diferenças listadas a seguir:
Fonte: Criptofácil.
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